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1 16/06/2019 18:11

Um laudo da perícia apontou que havia vestígios de cocaína no sangue do delegado da Polícia Civil, José Carlos Mastique, morto por policiais militares no dia 28 de abril deste ano, em Itabuna, no sul da Bahia. Ele teria resistido a uma abordagem policial. 

Traços de cocaína também foram encontrados nos exames de urina, além, de cocaetileno, uma substância formada no fígado, oriunda da metabolização do álcool com cocaína.

Segundo publicação do site "Verdinho Itabuna", após o resultado do laudo, a defesa dos policiais militares envolvidos no caso "confirmou aquilo que já suspeitava: a de que o delegado, no dia do ocorrido, estava sob influência de drogas e álcool, fator que o fez perder o controle emocional e psíquico".

Ainda de acordo com a defesa dos PMs, "Mastique estava alterado pelo uso das substâncias e teve uma reação negativa à abordagem feita pela PM em serviço e puxou a arma contra a guarnição, desencadeando, assim, a defesa por parte dos militares".

ADVOGADO DA FAMÍLIA CONTESTA

O advogado da família do delegado disse ao site "Verdinho Itabuna", por meio de nota, que Mastique estava calmo e não esboçou nenhuma reação durante a abordagem da Polícia Militar.

Confira abaixo:

O advogado da família do delegado Jose Carlos Mastique, Gustavo Gomes Brito, vem lamentar a equivocada tentativa de distorção dos fatos veiculada em diversos meios de comunicação. 

As provas colhidas até o momento evidenciam de maneira cristalina que o delegado Jose Carlos Mastique foi vítima de homicídio praticado em via pública, apesar de durante o episódio ele ter permanecido de forma calma e pacífica, sem realizar qualquer reação. 

Desta forma, a família deposita confiança no Poder Judiciário, e, apesar do grande sofrimento suportado pela perda de um ente querido, rechaça duramente a vil e equivocada tentativa de depreciação de sua imagem.

CASO

Mastique foi morto a tiros depois de resistir a uma abordagem policial, na madrugada do dia 28 de abril, em Itabuna. Ele estava em um posto de gasolina quando os PMs chegaram para uma abordagem e ele reagiu. As informações foram confirmadas pelo 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM). 

O Aratu On foi informado de que o delegado estacionou no local onde funciona uma loja de conveniência. Um denunciante que passava pela região, então, alertou a polícia sobre a presença de um homem armado às 4h da manhã. Agentes foram até o local e teriam abordado Mastique, que reagiu na hora. Os PMs atiraram no peito do homem sem saber que se tratava de um delegado. A guarnição chegou a socorrer Mastique para o Hospital Base de Itabuna, mas ele não resistiu.

O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado da Bahia (Sindpoc), no entanto, deu outra versão sobre o caso. Por meio de nota, negaram a história contada pela polícia e repudiaram a ação dos agentes.

"O cabo da PM, Cleomario, assassinou o delegado da Polícia Civil Mastique, após a vítima tentar evitar uma agressão de um policial militar de folga contra a sua acompanhante. Os policiais civis Mastigue e Figueiredo ao serem abordados se identificaram serem policias e estarem armados. O delegado ao pegar a arma, para entregar aos policiais militares foi alvejado, vindo a óbito no local, com objetivo de modificar o cenário do ocorrido, simularam socorro a vítima".

A Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Ilhéus investiga o caso. Os investigadores da Polícia Civil também iniciaram uma investigação.

 







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