Comparado a anos anteriores, os números refletem uma tendência crescente, alinhada ao aumento da demanda por serviços oncológicos no estado, especialmente em unidades de referência como o Hospital Aristides Maltez (HAM), que já opera no limite de sua capacidade instalada.
O estado da Bahia registrou, em 2024, 27.852 internações e 12.132 óbitos relacionados ao câncer, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Comparado a anos anteriores, os números refletem uma tendência crescente, alinhada ao aumento da demanda por serviços oncológicos no estado, especialmente em unidades de referência como o Hospital Aristides Maltez (HAM), que já opera no limite de sua capacidade instalada.
Entre os tipos mais incidentes, destacam-se o câncer de mama e de próstata. Até julho de 2024, foram registradas 2.705 internações por câncer de mama e 919 óbitos. No ano anterior, esses números foram maiores, com 4.071 internações e 1.223 mortes. O câncer de próstata também apresentou alta incidência, com 2.122 internações até outubro e 1.144 óbitos no mesmo período. Em 2023, os registros indicaram 3.103 internações e 1.588 óbitos, confirmando uma média de 4 mortes por dia.
Profissionais da saúde destacam a necessidade de ampliação e modernização dos serviços oncológicos, como acesso a terapias avançadas, incluindo radioterapia, cirurgia robótica e transplantes de medula óssea. Atualmente, a Bahia conta com 23 unidades de assistência oncológica, número considerado insuficiente para atender a demanda de um estado de grande extensão territorial e disparidades regionais o que pode estar causando um colapso generalizado no estado.
Os fatores que contribuem para o aumento dos casos de câncer incluem envelhecimento populacional, sedentarismo, alimentação inadequada e desigualdade social. Especialistas enfatizam a importância do diagnóstico precoce, especialmente no câncer de mama, onde as chances de cura podem ultrapassar 90% com tratamentos iniciados em fases iniciais. Contudo, muitos pacientes sequer conseguem tais diagnósticos devido ao estado de descaso que se instalou na saúde baiana nos últimos anos.
Da Redação