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Por volta das 18:30 h, desta quarta-feira (27), a equipe de reportagem do site Amargosa News se deparou com uma cena, que infelizmente tornou-se corriqueira em nossa Cidade Jardim. Cerca de 15 pessoas, estavam sentadas, em pé, e algumas até deitadas em frente a unidade do SINE Bahia - antigo PAT. Lá, o cidadão pode ter acesso a serviços como: habilitação do seguro desemprego, cursos de qualificação, orientação para o trabalho, emissão de carteira de trabalho, seguro desemprego, entre outros.

No início da manhã desta quinta-feira (28), a equipe de reportagem do Amargosa News foi até o local para saber os motivos que levaram essas pessoas a passar quase 20 horas numa fila para obter um determinado serviço, que vale destacar, é público, 'gratuito', e por obrigação, deveria ser eficiente.

Grande parte das pessoas que estavam na fila são ex- funcionários da Fábrica de Calçados Daiby, que só no dia 31 de março do mês passado demitiu cerca de 160 pessoas Leia Mais. Fato é que, além de perder seus empregos, homens e mulheres estão tendo que passar por uma verdadeira jornada de humilhações, que incluem dormir no relento desde às 14 horas do dia anterior para conseguir dar entrada no seguro desemprego, conforme relatou Daniel dos Santos (26 anos), que trabalhou na fábrica de calçados ao longo de sete anos.

Esta triste maratona a que eles tem sido obrigados a cumprir para ter assegurado um simples direito básico, começou no último domingo (24), quando também foi necessário dormir na porta da Caixa Econômica Federal, para dar entrada no FGTS. "Além de perdermos o nosso emprego, temos que passar por este tipo de situação que chega a ser humilhante", desabafou Daniel.

Os funcionários alegam ainda não terem recebido o salário referente ao mês de março. Segundo eles, este será pago em oito parcelas, juntamente com o valor a receber por conta da rescisão. "Esperamos que esta situação possa ser resolvida o mais rápido possível afinal, precisamos receber este dinheiro para conseguirmos quitar nossas dívidas", disse Vânia de Jesus (45 anos), e que durante cinco anos trabalhou na fábrica de calçados. "O que nos resta agora é clamar a Deus para que novas portas de emprego se abram", disse Vânia.