Notícias

1 31/10/2014 15:02

Indivíduos infectados com o vírus ebola reagem à doença de diferentes maneiras. A explicação para essa variabilidade pode estar nas diferenças genéticas entre os pacientes, de acordo com um novo estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na quinta-feira (30) na revista Science. Ao serem infectados pelo vírus, alguns pacientes resistem à doença, outros se recuperam depois de reações moderadas ou severas, enquanto os demais sucumbem por hemorragia, choque e falência múltipla dos órgãos. Estudos anteriores já mostravam que as diferenças entre as reações não estavam ligadas a mudanças específicas no vírus. A partir de um inédito modelo de camundongo criado para estudar a doença, a nova pesquisa apontou que os fatores genéticos de cada paciente são os principais determinantes da severidade da doença. De acordo com uma das autoras, Angela Rasmussen, da Universidade de Washington, o novo modelo de camundongo auxiliará no desenvolvimento de terapias e vacinas contra o Ebola. Os modelos de camundongos que existiam, segundo ela, não se prestavam ao estudo da infecção em humanos, porque os animais infectados morriam sem apresentar os principais sintomas da doença. Obtido com o cruzamento de cinco linhagens de camundongos de laboratório e três linhagens selvagens, o modelo foi originalmente concebido para estudar os locais do genoma associados à severidade da gripe comum. "Ao serem infectados com uma forma do vírus Ebola específica de camundongos, eles apresentaram, como os humanos, diferentes reações à infecção - alguns foram mais suscetíveis, outros mais resistentes." Segundo ela, todos os camundongos apresentaram perda de peso nos primeiros dias após a infecção. Alguns deles, 19%, ficaram imunes, reverteram a perda de peso em duas semanas e não apresentaram modificações no fígado. Outros 11% se mostraram parcialmente resistentes à doença - e menos da metade deles morreu. O maior grupo, de 70%, teve mortalidade acima de 50%. No último grupo, 19% dos animais tiveram inflamações hepáticas, sem outros sintomas, enquanto 34% registraram atraso na coagulação do sangue - uma marca típica da doença em humanos -, além de hemorragias internas, baço inchado e modificações no fígado.

BN







Av. Governador Lomanto Júnior - Edifício União Empresarial Center, nº 23 - Centro - Amargosa/BA.
Tel.: (75) 3634-3239 (Whatsapp) - A Rádio que você ouve, a rádio que você FAZ!
© 2010 - Rádio Vale FM - Todos os direitos reservados.