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1 19/04/2014 02:03

O Ministério Público Federal informou que o pedido de prisão do soldado e vereador Marco Prisco (PSDB), que liderou o movimento grevista dos policiais militares da Bahia, não tem relação com a greve realizada esta semana e que se encerrou após acordo entre o governo do Estado e as associações representativas dos policias. Segundo o MPF, a prisão foi determinada pela Justiça Federal com base no processo instaurado a partir da greve do ano de 2012, quando Prisco também figurou como o líder do movimento.
O processo instaurado no ano passado tem como alvos, além de Marco Prisco, mais seis policiais militares acusados de cometer, durante a greve de 2012, diversos crimes. Os policiais negaram veementemente o cometimento de tais crimes, mas estavam respondendo aos processos e agora a Justiça Federal determinou a prisão de Prisco.
Nota do Ministério Público Federal, publicada no site da instituição explica os motivos dos pedidos de prisão. Trecho da nota afirma que “Os sete vão responder por crimes previstos na Lei de Segurança Nacional (Lei nº. 7.170/83), no Código Penal (Decreto-Lei No 2.848/40) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069/90). Entre os crimes estão: associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando armado, para o fim de cometer crime; impedir, com violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados; apoderar-se ou exercer o controle de veículo de transporte coletivo, com emprego de violência ou grave ameaça à tripulação ou a passageiros; praticar sabotagem contra instalações militares, meios e vias de transporte; paralisar total ou parcialmente, atividade ou serviços públicos essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do país; incitar à subversão da ordem política ou social; constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão; submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento”.

Greve injustificada

Depois de saber da prisão de Marco Prisco, o deputado estadual Capitão Tadeu, também membro da Polícia Militar, conclamou aos policiais militares que retomem a greve como forma de pressionar para a soltura do líder do movimento. A tática, no entanto, é considerada inadequada e sem qualquer justificativa, já que a prisão não tem referência com a recente greve da PM, mas com a paralisação de 2012. Além disso, a prisão foi determinada pela Justiça Federal por meio de pedido do MPF, o que isentaria o governo baiano de participação na prisão e da suposta "quebra de acordo" com o movimento grevista.
Nas ruas de Santo Antonio de Jesus, por exemplo, o sentimento é de incerteza e revolta com a possibilidade de nova parada da Polícia Militar. “Se eles pararem o exército está em Salvador, mas aqui no interior, quem protege a gente?”, afirmou o contador Jorge Cunha. Apesar de concordar com as reivindicações dos policiais militares, as pessoas nas ruas dize que uma nova greve não tem razão de ser.
Assim como aconteceu em Feira de Santana, policiais de Santo Antonio de Jesus se reuniram na sede da Aspra para definir que postura irão adotar, mas o encontro encerrado no início da noite desta sexta-feira (18) não deliberou sobre nova paralisação e os policiais afirmaram que irão aguardar definições vindas da capital baiana.







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