A Bahia já registrou mais de 24 mil casos de acidentes com escorpiões só neste ano. Segundo dados do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox/BA), entre janeiro e abril, foram 9.495 ocorrências. Os escorpiões são responsáveis por mais de 70% das notificações envolvendo animais peçonhentos no estado.
Um estudo da revista Frontiers in Public Health mostra que, nos últimos dez anos, o número de picadas de escorpião aumentou 250% no Brasil. Para a professora Sâmia Neves, da Unifacs, esse crescimento está ligado à destruição do meio ambiente, ao avanço das cidades sem planejamento, ao acúmulo de lixo e entulho e até às mudanças no clima. Ela explica que esses fatores tiram os escorpiões do seu habitat natural e facilitam a presença deles em áreas urbanas.
Para evitar acidentes, é importante manter os ambientes limpos, vedar portas e janelas, usar repelentes e sempre conferir roupas e sapatos antes de usar. Em caso de picada, a orientação é lavar o local com água e sabão, manter a calma, aplicar compressas frias e procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Médicos alertam que cortar ou sugar o local da picada não ajuda e pode até piorar a situação. As espécies mais comuns na Bahia são o escorpião-amarelo, o escorpião-marrom e o escorpião-amarelo-do-nordeste.
Redação: Vale FM com informações do portal Achei Sudoeste.