Notícias

1 21/05/2025 14:33

O hormônio atua em diversas áreas do corpo, como cérebro, músculos, ossos e sistema cardiovascular.

A testosterona é um dos hormônios mais importantes para o organismo masculino, exercendo funções que vão muito além da manutenção da libido e do desenvolvimento muscular. Ela também é essencial para a saúde óssea, a produção de glóbulos vermelhos, o equilíbrio do metabolismo e o bem-estar psicológico.

O hormônio atua em diversas áreas do corpo, como cérebro, músculos, ossos e sistema cardiovascular. Por isso, quando seus níveis estão baixos, os efeitos podem ser sentidos de forma ampla e significativa, afetando tanto a qualidade de vida quanto a saúde física e mental.

O que é baixa testosterona?

A condição conhecida como hipogonadismo masculino, ou simplesmente baixa testosterona, ocorre quando o corpo não produz testosterona suficiente. Embora seja natural que os níveis hormonais diminuam gradualmente com a idade, a queda pode ocorrer em qualquer fase da vida e trazer consequências importantes.

De acordo com diretrizes internacionais e nacionais, é considerado que há deficiência de testosterona quando o nível total está abaixo de 300 nanogramas por decilitro (ng/dL), associado à presença de sintomas clínicos.

Sintomas mais comuns

A baixa testosterona pode se manifestar de diferentes formas, impactando aspectos físicos, emocionais, sexuais e cognitivos. Entre os principais sinais estão:

- Queda da libido: A redução do desejo sexual é um dos primeiros e mais comuns sintomas, afetando também a frequência de pensamentos e sonhos eróticos.
- Dificuldade em obter ou manter ereções: A testosterona é fundamental na resposta sexual masculina. A deficiência pode dificultar a obtenção de ereções, inclusive espontâneas, além de afetar a qualidade do orgasmo.
- Perda de massa muscular: O hormônio tem papel anabólico, favorecendo o ganho de músculo. Com a queda dos níveis, o corpo passa a entrar em um estado catabólico, levando à redução de massa muscular e força.
- Aumento da gordura abdominal: A baixa testosterona favorece o acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal, aumentando o risco de doenças metabólicas, como diabetes e problemas cardiovasculares.
- Diminuição do tamanho dos testículos e do pênis: A falta do hormônio pode levar à atrofia dos tecidos penianos e testiculares, provocando encurtamento e redução do volume.
- Fadiga e cansaço constantes: A redução dos níveis de energia é outro sinal clássico, que pode impactar a disposição para atividades físicas e sociais.
- Alterações de humor e depressão: O hormônio atua em regiões do cérebro ligadas ao controle emocional. A deficiência está associada a quadros de ansiedade, tristeza, irritabilidade e até depressão.
- Comprometimento cognitivo: Homens com baixa testosterona podem perceber dificuldades de concentração, memória e raciocínio, um quadro conhecido como “névoa mental”.
- Osteoporose e enfraquecimento dos ossos: Assim como nas mulheres, os baixos níveis hormonais também afetam a saúde óssea dos homens, aumentando o risco de osteoporose e fraturas.
- Queda de pelos corporais e faciais: A testosterona estimula o crescimento dos pelos. Sua deficiência pode reduzir o volume de barba e dos pelos no corpo.
- Anemia: Estudos mostram que a baixa testosterona está associada à redução dos níveis de hemoglobina, aumentando o risco de anemia, com sintomas como tontura, palpitações e cansaço.
- Desenvolvimento de ginecomastia: A redução dos níveis de testosterona e o aumento relativo dos estrogênios no corpo podem levar ao crescimento das mamas nos homens.
- Risco cardiovascular: Embora o tema ainda gere debates na comunidade científica, estudos sugerem que a baixa testosterona está associada ao maior risco de problemas cardiovasculares, como infartos e insuficiência cardíaca.

Diagnóstico

O diagnóstico de baixa testosterona é feito com base na combinação de sintomas clínicos e na dosagem hormonal em exames de sangue. É necessário realizar pelo menos dois exames, em dias diferentes, sempre no período da manhã, quando os níveis estão naturalmente mais altos.

Tratamento

O tratamento padrão é a terapia de reposição de testosterona (TRT), indicada para homens que apresentam níveis baixos do hormônio e sintomas compatíveis. A reposição pode ser feita por meio de injeções, géis, adesivos ou implantes subcutâneos.

É importante ressaltar que a terapia deve ser acompanhada por profissionais especializados, já que pode ter efeitos adversos, como aumento do risco de trombose, alterações na próstata e, em alguns casos, problemas cardiovasculares.

Além da terapia, mudanças no estilo de vida são fundamentais. Prática regular de atividade física, alimentação balanceada, controle do estresse e sono adequado contribuem significativamente para a saúde hormonal.

Prevenção e cuidados

Embora nem sempre seja possível evitar a queda hormonal, manter hábitos saudáveis pode retardar ou atenuar os efeitos da deficiência. Controle do peso, exercício de força (como musculação), evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são medidas importantes para a saúde hormonal e geral.

Considerações finais

A baixa testosterona é uma condição médica que vai muito além da saúde sexual. Ela impacta diversos sistemas do corpo e pode comprometer significativamente a qualidade de vida. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações e restaurar a vitalidade física e emocional.

 

Da Redação CSFM







Av. Governador Lomanto Júnior - Edifício União Empresarial Center, nº 23 - Centro - Amargosa/BA.
Tel.: (75) 3634-3239 (Whatsapp) - A Rádio que você ouve, a rádio que você FAZ!
© 2010 - Rádio Vale FM - Todos os direitos reservados.