Chegou ao fim na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a CPI (Comissão parlamentar de inquérito) das Fake News, com um sentimento de fracasso entre os próprios membros.
O resultado frustrou parlamentares, algo que ficou evidente com o relatório final aprovado pela comissão, que não foi feito pelo relator Sargento Neri (Avante), mas por Paulo Fiorilo (PT) e Mônica Seixas (PSOL). O documento foi recheado de críticas à falta de resultados, o que costuma ser raro na Alesp.
O texto de Fiorilo e Seixas foi elaborado como um voto em separado, com diversos pontos de ataque à inoperância da CPI, e após ter o apoio de outros três membros da comissão acabou convertido em relatório. O relatório aprovado diz que a CPI pode ser considerada inconclusiva “quanto ao seu objetivo principal de investigar e denunciar quem foram os responsáveis pela produção, disseminação e financiamento das Fake News nas eleições de 2018”.
Sem ter conseguido apontar novas descobertas sobre a disseminação das fake news no Brasil, a CPI falhou até mesmo na tentativa de ouvir agentes relevantes que tiveram ou têm alguma relação com o fenômeno, como empresários acusados de financiar a produção e a distribuição de notícias falsas, funcionários dos chamados gabinetes do ódio, parlamentares, entre outros, conforme informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.