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1 11/12/2018 22:50

Mais de 100 delegados que ocupam postos de chefia na Bahia decidiram entregar os cargos após assembleia realizada nesta terça-feira (11), em protesto contra a reforma administrativa anunciada pelo governador Rui Costa, em especial a proposta de fixar os ganhos do governador como o teto salarial para todos os servidores do estado.

O Sindicato dos Delegados de Polícia da Bahia (ADPEB) diz que, com a medida de limitar o teto salarial, os delegados terão perdas na remuneração que podem chegar a até 40%. O sindicato ainda afirma que os delegados têm dedicação exclusiva e que estão com salários congelados há quatro anos.

A entidade sidical destaca que o atendimento à população continuará sendo realizado normalmente, já que somente os cargos de chefia foram entregues.

A assembleia foi realizada em um hotel na Avenida Sete de Setembro, no bairro da Vitória. O sindicato informou que, até por volta das 16h10, ainda estava contabilizando o número de delegados que vão assinar a carta de entrega de cargos para ser enviada ao delegado-geral da Polícia Civil da Bahia, Bernadino Brito Filho.

Até o horário indicado, o número passava de 100, mas, conforme o sindicato, pode chegar a cerca de 200.

Ainda segundo o sindicato, decidiram entregar os cargos, já a partir desta quarta-feira (12), todos os diretores e coordenadores regionais e os titulares da capital e região metropolitana, além dos delegados de interior que atuam em substituição, ou seja, em cidades onde não possuem delegados titulares.

A Polícia Civil informou, por meio de nota enviada à imprensa às 15h56, que não tinha sido enviada ao Gabinete do Delegado-geral, Bernadino Brito Filho, nenhuma comunicação oficial referente à entrega de cargos de chefia da Instituição.

O órgão informou, ainda, que será realizada uma reunião com os diretores de departamento na tarde desta terça-feira (11), e mais informações só poderão ser transmitidas ao final do encontro.

A Secretaria de Comunicação do governo da Bahia informou que, até o presente momento, a Secretaria de Segurança Pública não recebeu qualquer comunicado oficial da entidade que representa os delegados.

Disse que o projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa "não reduz salário de qualquer categoria dos servidores públicos" e que "nem tampouco representa perdas de direitos adquiridos".

No entanto, o governo aponta que "diante de um cenário de aguda crise financeira no País, o Governo entende não ser pertinente reajuste salarial igual ao concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal".

O governo ainda destacou que "os casos em que as ações estão transitadas e julgadas serão cumpridos rigorosamente respeitando a Lei".

G1







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