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1 14/08/2018 13:00

Cristina Pita

As notícias falsas na internet, as 'fake news', amplamente compartilhadas nas redes sociais, serão tema de um encontro que será realizado no final desse mês de agosto e transmitido pela Rede Baiana de Rádio - RBR, através da Rádio Andaiá FM, em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano. O encontro prevê a participação do jornalista e filósofo Francisco Viana, do Instituto Palavra Aberta. "A Fake News tem ganhado grande repercussão não só por causa da internet, mas por causa do acirramento do jogo ideológico e econômico. Para combate-la é muito simples, basta não reproduzir notícias que não tenhamos certeza de que são baseadas em fatos", disse Viana em entrevista à Lélis Fernandes e Itajay Junior, durante o Andaiá Urgente, na Rádio Andaiá FM, nesta segunda-feira (13/8).

Além do jornalista, o evento vai contar ainda com a presença de um representante da Associação Baiana de Imprensa - ABI; da OAB/Subseção de Santo Antônio de Jesus; da Associação Comercial e Empresarial - Acesaj; e jornalistas, como Verona Oliveira. Ele, inclusive, orienta os usuários das redes sociais a evitar compartilhar boatos e notícias falsas."A iniciativa da Rede Baiana de Rádio é pioneira no interior, no Brasil e na Bahia. E se essa iniciativa foi amplificada e bem multiplicada, as possibilidades de êxito serão enormes. Além disso, a punição de quem a produz é ver os resultados e as fake news por si mesmo sofrerá com a punição juridica, que virá naturalmente", salientou Viana.

De acordo com Francisco Viana, em ano eleitoral, como 2018, o compartilhamento dessas conhecidas fake news ganha ainda mais protagonismo. "Pode ocorrer a ilusão do eleitor. As fake news tem muita motivação edeológica. Se o eleitor se determinar a não ser iludido e a votar nos candidatos corretos, que estão realmente comprometidos em defender suas plataformas, as fake news não terão espaço porque exploram algo valioso nas pessoas, que é a emoção. A pessoa, no momento de replicar uma fake news, ela deve procura controlar sua emoção e isso terá uma grande repercussão, um resultado prático visíviel", orientou o jornalista.

RBR inova ao debater as fake news

O presidente da Associação Baiana de Rádio e Televisão - ABART, empresário Fernando Henrique Chagas, é o idealizador do encontro. Durante o TechDay, evento que aconteceu semana passada em Salvador, um encontro de novas tecnologias para rádio e televisão, o empresário participou de uma palestra de Francisco Viana, e que despertou grante interesse entre os presentes. "Então surgiu a ideia e o convidei para vir em Santo Antônio de Jesus e ele aceitou. A Rádio Andaiá fará esse debate no final de agosto através da Andaiá para algumas emissoras de rádio do interior. Já estamos organizando a logística do evento. Desde já convido a todos para acompanhar esse debate sobre fake news, aquela mentira que se coloca na internet, que é uma terra de ninguém, e que precisa ser mais entendida pelo nosso público ouvinte", afirmou Chagas.

Para Francisco Viana, a Rede Baiana de Rádio é pioneira na organização desse debate, que terá um grande alcance."Essa guerra também é de todos nós. Esse debate produzido pela RBR é importante porque entra no coração da questão, que é justamente a fake news local, porque a fake news mundial ou brasileira não atrai muito o ouvinte da rádio local. Quando se trata de uma questão local a atração é maior. Falar na nossa aldeia é muito mais importante. Essa iniciativa da RBR é de vital importância porque vai capturar a fake news que interessa ao ouvinte, aquela que está próximo de nós e causa impacto na nossa vida em comunidade por causa causa dessa conversa com o leitor e de atingir esse universo", pontuou.

Francisco Viana vai mostrar durante o encontro sobre fake news, o que fazer para combater as notícias falsas e as estratégias que podem ser adotadas para diminuir essa vulnerabilidade e como as fake news podem influenciar nas eleições. "As eleições nos motivam a combater as fake news, que não se sustentam se houver uma comunicação efetiva, ou seja, se a sociedade se unir para combate-la. Por outro lado, de negativo, pode ocorrer a ilusão do eleitor. As fake news tem muita motivação edeológica. Se o eleitor se determinar a não ser iludido e a votar nos candidatos corretos, que estão realmente comprometidos em defender suas plataformas, as fake news não terão espaço porque exploram algo valioso nas pessoas, que é a emoção. A pessoa, no momento de replicar uma fake news, ela deve procurar controlar sua emoção e isso terá uma grande repercussão, um resultado prático visíviel", ressaltou o jornalista.

A pequena fake news gera a grande fake news

Francisco Viana falou também que o rádio pode contribuir muito no combate às fake news. "Isso por causa da instantaneidade. A campanha no rádio é autêntica, porque o rádio, seguramente, é o unico veículo que você pode ouvir  e fazer o que você quiser ao mesmo tempo. Essa mensagem contrária às fake news, já é uma passo adiante muito grande e uma contribuição efetiva", diz o jornalista, completando que 'a pequena fake news é que gera a grande fake news'.

Viana falou ainda da responsabilidade de cada pessoa em verificar a veracidade da notícia antes de compartilhar. "A fake new é a notícia falsa com aparência de verdade. Porém, tem coisas que não correspondem á realidade. Uma delas são as fontes. Geralmente as fake news não têm fonte, e é boa ou oportuna demais para ser verdade", alertou.

As fake news e as eleições

Se entra uma informação falsa, e ela consegue se multiplicar, também consegue derrotar um candidato ou dar a vitória a um outro. Esse é um debate muito importante, avaliou Francisco Viana. "Quem recorre às fakes news são os ilusionistas. E numa campanha eleitoral não pode ser feita ilusão", enfatizou VIana.

O jornalista destacou o quanto podem ser nocivas as notícias falsas durante o processo eleitoral, podendo, inclusive, prejudicar os candidatos. "Imagine se noticiar que alguém é pedófilo ou bate em mulher? Até essa notícia ser desmentida, demora muito tempo. Embora as noticias falsas logo sejam desmacaradas, esse tempo é crucial porque as pessoas revoltadas fazem justiça com suas próprias mãos e isso deve ser combatido. Além disso, as fake news não devem ter guarita entre as pessoas porque insuflam e inflamam o que as pessoas tem de mais vulnerável, que é a emoção", finalizou.

 

 

 

 

 

 







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