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1 23/02/2022 13:36

Urologistas são os especialistas qualificados para tratar o problema

As mulheres são bastante suscetíveis a doenças urológicas, seja por conta da gestação e do parto, seja pela chegada da menopausa ou até mesmo pela anatomia do órgão genital feminino. Além da incontinência urinária, as infecções urinárias de repetição são bastante comuns no sexo feminino. O que pouca gente sabe é que ambos os problemas devem ser tratados por um urologista. 

Muita gente acredita, equivocadamente, que a urologia é uma especialidade médica que trata apenas de problemas relacionados à saúde masculina. A falta de conhecimento e às vezes até a vergonha acabam retardando o diagnóstico correto e o tratamento adequado da incontinência e da infecção urinária.

Dificuldade de “segurar” o xixi - A incontinência urinária se caracteriza pela perda involuntária de urina e pode ser de três tipos: a de esforço, quando há perda de urina em atividades que contraem a região do abdômen (tossir, espirrar, rir e fazer atividade física de alto impacto); a de urgência, quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar a tempo ao banheiro e a mista (caso de idosos e diabéticos ou pessoas com lesões na coluna/medulares), que associa os dois tipos anteriores. O problema não está só na bexiga, mas também na musculatura pélvica, que sustenta os órgãos da região.

Entre as causas mais comuns para não conseguir “segurar” o xixi estão as alterações hormonais e a perda de massa muscular com a chegada da menopausa, além da gestação e do parto, tabagismo, lesões e até mesmo a anatomia do órgão genital feminino. A doença é tratável, mas muitas mulheres, por acharem que isso faz parte do envelhecimento, não nos procuram. Há mulheres jovens, principalmente atletas, que demoram a  perceber que têm essa perda involuntária da urina.

 O problema, principalmente em sua forma mais grave, pode causar impacto na qualidade de vida da mulher, comprometendo aspectos sociais, físicos e sexuais da paciente. O tratamento com fisioterapia e exercícios para fortalecer a região pélvica, como o Pilates, ajuda a resolver boa parte dos casos, sendo necessário em muitos deles o uso de medicamentos que “prendem” o xixi. Nos casos mais graves, o tratamento também pode ser cirúrgico, com uma pequena cirurgia via vaginal. Outras modalidades de tratamento são a inserção de neuromodulador (como um marca-passo) na coluna ou aplicação de botox na bexiga.

 Infecção urinária - Cerca de 80% dos casos de cistite, popularmente conhecida como infecção urinária, são causados pela bactéria Escherichia coli. A doença,  que acomete mais as mulheres, afeta cerca de metade da população feminina no mundo pelo menos uma vez na vida, com chances de repetição do quadro. A Sociedade Brasileira de Urologista estima que 50% das mulheres apresentam recorrência. 

 As mulheres precisam procurar um urologista para investigar a causa do problema, pois as que já tiveram a infecção são mais propensas a desenvolvê-la de novo. As mulheres são mais atingidas por causa da anatomia do órgão feminino e a maioria dos casos é causada por bactérias que já estão no organismo e descem para a uretra (mais curta do que a dos homens), canal por onde sai a urina e que fica muito próximo da vagina e do ânus. 

Entre os sintomas, destacam-se: ardência ao urinar, urgência para fazer e segurar o xixi e ter vontade de correr para o banheiro mesmo com a bexiga vazia, fazer xixi toda hora, em pouca quantidade, sangramento urinário pode existir. A maioria das mulheres tem o primeiro diagnóstico dessa infecção na juventude, quando são sexualmente ativas. Pessoas com diabetes, retenção de urina ou incontinência urinária e bexiga “caída” têm mais chances de desenvolver a doença.

Nos casos mais graves, a infecção pode atingir os rins. É a chamada pielonefrite, que causa febre e dores nas costas e pode levar à infecção generalizada. A escolha do melhor tratamento leva em consideração os sintomas apresentados pela paciente, bem como a sensibilidade das bactérias aos antibióticos, entre outros. A personalização do tratamento deve ser a regra, sempre.


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