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1 22/09/2021 11:32

Tecnologia chegou à Bahia há dois anos

O diagnóstico do câncer de próstata evoluiu muito nos últimos anos. Uma das técnicas mais avançadas para confirmar a doença, a biópsia prostática combinada com fusão de imagens, chegou à Bahia em outubro de 2019, há quase dois anos, portanto. A principal vantagem do procedimento é a maior precisão no diagnóstico, principalmente de câncer clinicamente significante. Pacientes que apresentam taxas elevadas de PSA (Antígeno Prostático Específico) e/ou nódulos suspeitos no exame de toque retal , ou até alterações suspeitas na ressonância multiparamétrica da próstata, podem ter indicação para realizar o procedimento. 

Neste tipo de biópsia, as imagens da ressonância magnética multiparamétrica da próstata se fundem às do ultrassom transretal para teleguiar a retirada de fragmentos das áreas suspeitas do órgão, que serão analisados. Desta forma, a punção é feita em regiões onde, nas imagens, aparecem áreas suspeitas. Além disso, punções sistemáticas são realizadas.

A biópsia transretal realizada sem o software de fusão de imagens é feita de forma aleatória, o que significa que quando o médico está realizando o procedimento pelo ultrassom não vê a lesão na próstata. Por isso, ele colhe sistematicamente fragmentos que podem não conter uma amostra do tumor, mesmo que o paciente o tenha. Outra limitação é que o fragmento biopsiado pode conter apenas uma área menos agressiva do câncer de próstata, o que acaba não ajudando muito na definição do melhor tratamento.

Maior assertividade - Por retirar principalmente fragmentos localizados em regiões da próstata onde a ressonância magnética identificou nódulos suspeitos, as chances da biópsia prostática combinada com fusão de imagens confirmar o diagnóstico de um câncer clinicamente significante é muito maior, ao contrário de quando se faz biópsias aleatórias, apenas. Uma biópsia assertiva minimiza custos, riscos e a ansiedade do paciente, além de facilitar a escolha de um tratamento personalizado com mais chances de sucesso.

O médico faz questão de frisar que a biópsia é um procedimento invasivo que pode originar complicações, desde pequenos sangramentos retais e uretrais, febres e infecções urinárias até uma infecção generalizada, com risco de morte. “Por esta razão, os médicos urologistas e radiologistas qualificados para este tipo de procedimento precisam estar preparados para tratar esses e outros possíveis efeitos adversos”, acrescenta. Entre as providências e cautelas para evitar infecções e minimizar os riscos do procedimento, destacam-se o uso de antibióticos antes e após o procedimento, conforme protocolo estabelecido.

Tratamentos - Para tumor localizado, que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos, cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante, também conhecida como vigilância ativa (em algumas situações especiais), podem ser oferecidas como opções. Doença localmente avançada pode requerer radioterapia e/ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. Para doença metastática, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais utilizado tem sido a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.


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