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1 13/03/2019 11:41

Já estamos acostumados com a ideia da falsidade dos políticos, notadamente os brasileiros e os povos de outros países semelhantes, gente que adora o populismo, mesmo sabendo que está sendo enganado. Sei lá, mas ao que me parece, nosso povo gosta das tradições portuguesas, em que ser amigo do rei representa o máximo e permite algumas regalias com os amigos.

Esse tipo de caráter é bastante comum nas pessoas contar vantagens, se vangloriar, se gabarem. Contam feitos e mais feitos que somente eles sabem. Às escondidas, comem sardinhas, à vista de todos, arrotam caviar. É assim que a política funciona. Sabiamente, os políticos dão corda, pois demonstram prestígio, que posteriormente, nas próximas eleições, serão trocados por votos.

E assim os políticos continuam com o discurso e a ação populista de sempre, engrossando a voz quando são pegados no flagra, ou seja, quando a população descobre que não estão cumprindo o prometido. Como não temos um código de defesa do eleitor, a exemplo do que dispõe o consumidor, fica o dito pelo não dito e a nau municipal continua à deriva, embora o gestor acredite ser um bom marinheiro.

No palanque, as promessas são lançadas à mão cheia, distribuindo felicidade para todos em atacado; eleito, não entrega o prometido nem mesmo em suaves prestações. Como diz o ditado, o combinado não é caro, mas nada disso interessa, e as dificuldades do município passam a ser enormes, embora o eleito tenha dito em palanque que poderia entregar um rio de leite e uma ribanceira cuscuz, como dizia Antônio Conselheiro.

A partir do não cumprimento das promessas, os eleitores (seus) e os munícipes (como um todo) passam a ser inoportunos, chatos, por cobrarem o prometido no palanque e assentado no plano de governo depositado no Cartório Eleitoral. Mas isso é coisa do passado, esqueçam, afinal, a felicidade é uma coisa subjetiva, que depende da aferição de cada um, podendo, até, ser considerada uma simples ambição ou inveja.

E todo esse discurso é sustentado pelo grupo palaciano que o cerca, incensando o ego do gestor pela manhã, tarde e noite, com vista a ser bem-aceito como um verdadeiro amigo do rei. Para eles, tudo o que é dito vira discurso da oposição malfazeja, contrária aos interesse do povo (povo palaciano), que em nada ajudar para melhorar a imagem da cidade.

No novo discurso palaciano, quem já viu um povo que nunca teve nada querer andar numa rua pavimentada, sem lama como antes? Não ter que pular as poças de esgoto a céu aberto? É querer demais que as ruas e estradas não tenham buracos se isso é uma consequência da chuva e do tráfego pesado...Bastar ter paciência e esperar sentado – de preferência – pela chegada dos serviços…

Também tem muita gente metida a besta e exigente. Quem viu Naninha? Querem água tratada e pior, constante em suas casas, e isso lá nos distritos onde o Judas perdeu as botas...e sem pagar um centavo. Quem esperem, pois as prioridades são traçadas por gente que entende do riscado, secretários e assessores que sabem planejar, que conhecem como ninguém o riscado da administração municipal.

Bem faz o gestor e sua entourage que não dá a mínima para essas aleivosias de quem não tem o que fazer, a não ser falar mal das autoridades, eleitas para governar, com a representação dada nas urnas. Pelo visto, é gente que não tem o que fazer, a não ser fazer politicagem nas esquinas, nas mesas de bares, entre uma cachaça e outra. Perdem a cabeça e falam o que não devem.

Agora, o cúmulo, mesmo, é essa gentinha metida a besta que fica por aí reclamando do cheiro da fumaça, quando sabem que em pleno verão é chegada a hora de queimar o mato dos quintais, os pastos, os pedaços de mata. Não sabem eles que o fogo limpa tudo e quando a chuva chegar vai nascer tudo verdinho, com mais sustança. Só reclama gente da cidade, quem é analfabeto em agricultura.

Acredito até que esse fogo é um castigo de Deus para essa oposição que não ajuda em nada e só faz criticar. Esse calor e essa fumaça é para que eles se acostumem com o fogo do inferno, onde arderão por toda a eternidade. Pelo visto, eles acham que as autoridades não têm o que fazer, como eles, que ficam dando ouvidos às tentações do Satanás para prejudicar quem trabalha.

Imaginem que as autoridades, extremamente ocupadas, vão sair por aí proibindo e multando as pessoas, os eleitores que tocam fogo em suas roças, para perder o voto nas próximas eleições? Quem façam de conta que o fogo e a fumaça é um bem para nossa agricultura, um santo remédio para livrar nossas terras de pragas e ervas daninhas. Se ficar doente, basta ir a um posto de saúde ou no hospital se consultar.

Eta povinho exigente!

* Radialista, jornalista e advogado


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 Penso Assim - por Walmir Rosário 






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